No mundo da música e da tecnologia, poucas invenções tiveram um impacto tão significativo quanto a invenção de Thomas Edison que reproduz sons gravados. Esta jornada, que começa com o fonógrafo e culmina no disco de vinil, é uma fascinante história de inovação, cultura e paixão pela música.
Hoje vamos falar da história do disco de vinil. Quem inventou o disco de vinil? Quando ele surgiu? Quando apareceu o primeiro toca-discos? Obviamente, a primeira descoberta importante para o advento dos discos de vinil foi a eletricidade.
Mesmo porque se formos retornando nas descobertas importantes que levaram à introdução de qualquer tecnologia, iremos chegar ao big bang e ainda não teremos um explicação para a origem sem recorrem à metafísica.
Então, vamos partir da eletricidade. Mas vários séculos à frente de Thales de Mileto e seu âmbar, pois os aparelhos que permitirão ouvir música por um disco de vinil dependem de uma alimentação constante de energia para funcionar.
Os aparelhos que emitem sons percorreram um longo caminho na história até as facilidades digitais que conhecemos hoje. A história do disco de vinil começa em 1877, com Thomas Edison e a primeira apresentação pública do Fonógrafo.
O Início Revolucionário: O Fonógrafo de Edison
Resumo: Em 1877, Thomas Edison apresentou ao mundo sua invenção revolucionária: o Fonógrafo. Este dispositivo, capaz de gravar e reproduzir sons, abriu as portas para uma nova era na história da música.
No dia 21 de novembro de 1877, Thomas Alva Edison, o inventor da lâmpada, anunciou a invenção do primeiro aparelho para gravar e reproduzir sons: o Fonógrafo. Com essa invenção, impulsionada pelos problemas auditivo de Edison, a humanidade ganhava a possibilidade de registrar momentos importantes para toda a eternidade, assim como a fotografia já havia feito.
O Fonógrafo funcionava criando uma representação visual de uma onda sonora numa folha de estanho envolta num cilindro cheio de ranhuras. O som era captado na forma de uma série de marcas na folha de estanho, gravadas por uma agulha que reagia às vibrações do som que estava sendo registrado.
Quando uma agulha de reprodução percorria o dispositivo era possível ouvir uma reprodução rudimentar da gravação original através do som transmitido por um par de fones de ouvido semelhantes aos de um estetoscópio.
Mas o Fonógrafo teve vida curta, pois logo se conseguiu resolver um problema que foi driblado no invento de Edison e entrou em cena o Gramofone.
Do Fonógrafo ao Gramofone: A Evolução Continua
Embora o Fonógrafo de Edison tenha sido um marco, não demorou muito para que surgissem inovações. Oficialmente, o Gramofone foi inventado em 1887 por Emil Berliner e por sua facilidade de produção massa logo suplantou o Fonógrafo de Edison.
O gramofone foi um avanço significativo que substituiu o cilindro do fonógrafo por um disco plano. Esta mudança não só melhorou a qualidade do som, mas também simplificou a produção e a distribuição de gravações musicais.
Junto com o Gramofone, em 1887, Berliner, uma americano nascido na Alemanha, inventou um disco plano e giratório que fazia com que a agulha se movesse horizontalmente pela gravação e não verticalmente.
A verdadeira revolução veio com a introdução do disco de vinil pela RCA Victor em 1932. Este formato ofereceu uma qualidade de som superior, maior durabilidade e a capacidade de armazenar mais música. O disco de vinil rapidamente se tornou o padrão na indústria fonográfica, dominando o mercado e moldando a cultura musical por décadas.
A Era Dourada do Disco de Vinil
A coroação do disco de vinil foi quase instantânea dentro do mercado fonográfico como a melhor mídia da época para gravar e reproduzir áudio. Desde que a RCA Victor colou no mercado a mídia em 1932, até o começo da década de 1990, essa foi a mídia que dominou a indústria fonográfica. O sistema desenvolvido por Berliner, o Gramofone, foi vendido à empresa Victor Talking Machine, que introduziu nas suas máquinas o modelo RCA.
A história do disco de vinil nos conta que a Victor criaria a Vitrola, ou Toca-Discos, em 1920, uma evolução do Gramofone que tocava discos fonográficos de 78rpm movido a motor e não a força de manivelas.
Outra inovação do toca-discos da RCA era o fato de trazer um braço com uma agulha na ponta que transmitia as vibrações e as transformava em impulsos elétricos, que viram música. A verdade é que buscava-se uma alternativa aos discos fonográficos de goma-laca usados nos gramofones por causa de três problemas graves:
- eles se quebravam com facilidade;
- havia muito ruido na gravação e na execução;
- o tempo de reprodução era muito limitado.
Composições clássicas de longa duração tinham de ser divididas em movimentos e vendidas como coleções de discos acondicionadas em álbuns de papel-cartão (daí a origem do termo “álbum”). O disco de vinil podia trazer trinta minutos de música em cada lado, cerca de oito vezes mais do que o modelo anterior.
Inovações e Impacto Cultural
A evolução do disco de vinil trouxe consigo inovações como a Vitrola, uma versão aprimorada do gramofone que oferecia ainda mais qualidade e conveniência. Além disso, a arte de capa dos discos, iniciada por Alex Steinweiss, adicionou uma dimensão visual à experiência musical, enriquecendo a maneira como interagimos com a música.
Os discos de longa duração da RCA, os long plays, resolviam todos esses problemas, pois seu material, o vinil, era mais resistente, e como rodava a 33rpm podiam conter mais músicas, enquanto atenuava consideravelmente os ruídos. Claro que a introdução no mercado após a Grande Depressão foi difícil, mas era apenas questão de tempo para que a gloriosa história do disco de vinil começasse.
A RCA se impôs com extrema confiança em seu produto e na década de 1950 já tinha o LP de 12 polegadas e o compacto de 7 polegadas como regra no mercado fonográfico, impulsionando estilos como o cool jazz e o rock. Isso sem falar no potencial comercial de um produto que tinha um quadrado de mais de trinta centímetros de lado para ser usado com imagens e marketing.
O hábito de “encapar” um disco de vinil teve seu divisor de águas com um americano. Alex Steinweiss foi quem teve a brilhante ideia de dar aos discos imagens que pudessem ser associadas às músicas ali contidas, trazendo mais um sentido para a experiência musical: a visão.
Com isso, antecipava-se a impressão causada por um disco e alternava para sempre o ciclo de absorção da música. Os discos de vinil e os toca-discos seguirão dominantes na cultura musical atá que a Sony e a Philips apresentem o CD em 1982. Mesmo assim, ainda demoraria uma década para que a história do disco de vinil fosse abalada em sua glória. Mas não para sempre, afinal, a cultura do vinil está retornando com toda a força!
O Legado Duradouro da Invenção de Edison
Hoje, a invenção de Edison que reproduz sons gravados vive não apenas na memória, mas na crescente popularidade dos discos de vinil. Este renascimento não é apenas uma moda, mas um testemunho do impacto duradouro da invenção de Edison na cultura musical. Os entusiastas do vinil, sejam jovens ou idosos, continuam a celebrar a riqueza e a autenticidade que o vinil oferece.
Conclusão
A história do disco de vinil, desde a invenção de Edison que reproduz sons gravados até os modernos toca-discos, é uma narrativa de inovação contínua e amor pela música. Ela nos lembra que, em um mundo cada vez mais digital, há um valor inestimável na experiência tátil e autêntica proporcionada pelo vinil. Este legado de Edison continua a ressoar em cada groove de um disco de vinil, conectando gerações de amantes da música.
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