Raveo Aria e Raveo Orpheus | Vale a Pena ou Não, Comprar?

Raveo Aria e Raveo Orpheus são modelos de toca-discos da Raveo que atendem aos ingressantes no mundo do vinil sem muita experiência, ou quem quer apenas modelos muito charmosos mais para compor uma decoração retrô do que oferecer uma alta qualidade sonora. Com essa abertura você já percebeu que na minha avaliação não vale a pena comprar nem o Raveo Aria nem o Raveo Orpheus. E neste artigo quero te explicar os motivos.

De cara, posso dizer que esteticamente, ambos carregam consigo muito da imagética que hoje é associada ao fetiche da cultura no vinil. O que é uma forma de atrair o “neófito” e esconder os problemas que um “iniciado” se atentaria e até daria mais importância do que a estética e não se atentaria ao custo-benefício baixo do aparelho.

A Raveo já tinha apresentado uma solução para os iniciantes no mundo do vinil com seu Raveo Concert One. Um aparelho inspirado nos modelos modulares, feitos em aço escovado, com medidores tipo VU, dos anos 1970 e 1980, composto por um toca-discos de duas velocidades Raveo TR-1000, com cápsula e agulha da japonesa Audio Technica, um Receiver RR-1000, com potência de 80 Watts e um par de caixas acústicas Bookshelf de 4 ohms.

Esse modelo de toca-discos era muito sedutor, mas ao mesmo tempo, como apontamos nesse artigo, o custo-benefício podia ser o maior dos problemas do Raveo Concet One. Hoje queremos analisar duas alternativas da Raveo mais baratas ao Raveo Concet One. O Raveo Orpheus e o Raveo Aria.

Conhecendo o Raveo Orpheus e Raveo Aria

Estes dois modelos também já vêm prontos para colocar seu discos para ouvir, conforme é apresentado no site da Raveo:

“A vitrola Raveo Aria permite que você curta suas músicas de diversas formas: Toca-discos, Rádio FM, CD, CD-R, USB, entrada e saída auxiliares e a inovadora tecnologia de conexão Bluetooth com NFC, além de possuir um par de caixas acústicas que aproveitam melhor a potência de 60W.”

Uma observação: no site da própria Raveo os dois aparelhos usam a apresentação do Raveo Aria, o que nos dá uma ideia de que a única diferença entre os dois é o design.

Os dois modelos seguem basicamente as mesmas características técnicas, mas trazem diferenças estéticas que podem se adequar a tipos diferentes de consumidores.

Esteticamente, enquanto o Raveo Orpheus traz o aspecto vintage dos aparelhos em uni-modulares em madeira do final dos anos 1970 e começo dos anos 1980, o Raveo Aria já busca inspiração nos modelos em plástico escuro da virada para os anos 1990.

Os dois aparelhos são compostos por:

  1. Toca-discos de duas velocidades (33 1/3 e 45 RPM) acoplado a um sistema com potência de 60 Watts, com as opções de rádio FM, CD-player e conversor de MP3, além de entrada USB, tecnologia NFC (comunicação em campo próximo) e Bluetooth.
  2. Par de caixas acústicas Bookshelf.
  3. Controle Remoto.

Ainda podemos apontar dentre suas características principais:

  • Agulha: CP-40S-30, cônica,
  • Rádio FM: 87,5 – 108 MHz
  • Entrada Auxiliar e Saída Auxiliar
  • Saída para Fone de Ouvido
  • Bi-volt

Raveo Aria e Orpheus: Pontos Positivos e Negativos

Para avaliar estes dois aparelhos vou estabelecer um comparativo com o Raveo Concert One, que é o aparelho superior da linha Raveo atualmente.

O primeiro ponto positivo vai para a estrutura, tanto do Orpheus quanto do Aria, que é feita em madeira, aumentando a resistência do produto.

Vamos voltar à apresentação do aparelho, para analisa-lo desde o início e verificar os seguintes pontos:

  1. São prometidos 60 Watts RMS de potência, mas oferecidos como 30 Watts por canal. Isso é um bom barulho, mas tenho minhas dúvidas de que as caixas Bookshelf de 4 ohms cheguem a isso tudo.
  2. O fato dos aparelhos terem entre 6 Kg e 10 kg de peso, é uma vantagem para garantir a mínima estabilidade necessária frente as trepidações das ondas sonoras;
  3. Bom acabamento;
  4. Suportes (ou pés) não-ajustáveis.
  5. Contra-peso regulável;
  6. Permite substituição da cápsula e da agulha;
  7. Equalizações pré-programadas;

No entanto, deve-se atentar para outros pontos:

  1. O toca-discos é beltdrive, ou seja, funciona à base de correia, o que pode comprometer a precisão das rotações; esse ponto pode ser ainda mais problemático pois esses modelos não possuem o ajuste de pitch.
  2. O braço de metal ainda não é o ideal;
  3. O fato do toca-discos ser acoplado ao sistema de som pode gerar trepidações internas em consequência do funcionamento do aparelho que se não forem amortecidas prejudicam a captação da agulha.
  4. A ondulação do prato é outro problema, pois oscila muito o braço alterando a tracking force de forma crítica.

Falando francamente, qualquer um dos dois modelos é bem inferior ao Concert One, à começar pelo conjunto de cápsula e agulhas.

CÁPSULA E AGULHA:

Tanto o Raveo Aria quanto o Orpheus, apesar de anunciados como equipados “com agulha de qualidade superior”, na verdade, vêm com uma agulha com ponta de safira e cápsula de cerâmica, que são os tipos mais simples que existem:

  • A agulha é uma CP-40S-30, que é um modelo em Safira, Cônica de 0,7mil, popularmente conhecida como cristal e que também pode utilizar os códigos: NS1 , NS-1 e MINI EPS-41.
  • Essa agulha está associada às cápsulas de cerâmica SONY CP-30-S.
  • Apesar de ser um conjunto usado em diversos aparelhos de marcas consagradas, ele pede uma tracking force entre 4 e 5 gramas, o que está muito além do aceitável (no máximo 3,5 gramas), fazendo delas duas suspeitas como vinyl killers. Possivelmente, em pouco tempo esses aparelhos irão danificar seriamente seus discos.

Portanto

Os dois modelos são muito charmosos, isso não da pra negar. Esteticamente, ambos carregam consigo muito da imagética que hoje é associada ao fetiche da cultura no vinil. O que é uma forma de atrair o “neófito” e esconder os problemas que um “iniciado” se atentaria e até daria mais importância do que a estética. Ambos aparentam ser aparelhos que podem durar por mais de três ou cinco anos se bem cuidados.

Apesar do design, tenho a segurança de adverti-lo que qualquer um dos dois aparelhos muito possivelmente irá estragar seus discos, pois a tracking force está além do limite e o movimento ondulatório do prato aumenta ainda mais este peso.

Com isso, como já vimos neste artigo, a agulha, que de safira possui uma vida útil de no máximo 6 meses a uma ano, também pode ser prejudicada em pouquíssimo tempo. Considero também o valor destes Raveo Aria e Orpheus alto para os produtos que entregam (veja o valor aqui), sendo possível encontrar aparelhos vintage de melhor qualidade por muito menos.

No fim, o custo-benefício pode ser o maior dos problemas de ambos os aparelhos que são bem inferiores ao Raveo Concert One, afinal compartilham dos mesmos problemas, sendo que os modelos Aria e Orpheus possuem qualidades técnicas inferiores.

Leia Mais:

Dicas de Toca-Discos Com Bons Custos-Benefícios

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Dicas de Toca-Discos para Iniciantes no Mundo do Vinil

E rapidamente, se você precisar de um novo toca-discos, use nosso guia útil abaixo para ajudá-lo na compra. Usando nossos links você ajuda a manter o site ativo.
  1. Toca-Discos Audio-Technica Automático At-Lp60 (confira o aparelho aqui)
  2. Toca-Discos (Belt-Drive), Audio-Technica, T-LP3BK (Confira o aparelho clicando aqui)
  3. Toca-Discos Audio-Technica AT LP120 (confira o aparelho clicando aqui)
  4. Toca-Discos Denon DP-29F (confira o aparelho aqui)
  5. Toca-Discos Pioneer PLX 500 ( Confira o aparelho aqui. )
  6. Toca-Discos Pioneer PLX 1000 (confira o aparelho aqui.)

21 comentários em “Raveo Aria e Raveo Orpheus | Vale a Pena ou Não, Comprar?”

  1. Olá! Parabéns pelo artigo. Foi bastante didático para mim. No final dele, você conclui que existem aparelhos que oferecem melhor qualidade com um custo/benefício superior. Por gentileza, seria de grande valor para mim se puder indicar quais seriam. De antemão, muito obrigado!

    1. Olá! Obrigado pelo elogio ao artigo.
      Bom, para responder sua pergunta primeiro preciso saber se quer um conjunto novo ou vintage.
      Com o valor de qualquer um dos dois aparelhos é possível adquirir um bom conjunto vintage, mas aí é preciso ter um técnico de confiança para fazer uma revisão.
      Se for comprar um aparelho novo, com o mesmo valor desses dois aparelhos atualmente (entre 2000 e 2500 reais), eu compraria os seguintes aparelhos:
      1) toca discos Audio-Technica ATLP60 (https://amzn.to/35QyQnv)
      2) Receiver/Amplificador Frahm, 31840(https://amzn.to/3wSbUjG)
      3) Caixas acústicas passivas Edifier R1000T4, 24W RMS (https://amzn.to/3ql6ZWa)

      Eu montaria esse set pois ele ficaria em menos de 3000 reais e posteriormente eu posso trocar o toca-discos para um que permita upgrade de capsulas e agulhas, como um ATLP140 ou um Pro-Ject, ou um Rega, enfim.

      Mas insisto que com esse valor vc conseguiria um set vintage muito superior.

      Espero ter ajudado!

      Abraços…

      Marcelo.

  2. Marcelo, seria possível trocar a cápsula e agulha? Se sim, quais modelos de cápsula e agulha compatíveis ajudariam a preservar melhor o vinil? Obrigado!

    1. Chadad, infelizmente não estive com um desses em mãos e a análise foi feita basicamente com as especificações técnicas fornecidas pela própria fabricante. Pelo vi em vídeos e fotos existe sim a possibilidade de troca da cápsula e agulha para as que você quiser.

      O ponto aí é que se você for usar um conjunto bom de capsula e agulha de entrada, por exemplo, vc irá investir mais de R$700,00 se for um conjunto novo. Creio que num valor de um aparelho como esse, mais esse upgrade, você conseguirá um toca-discos melhor, já com um bom conjunto de agulha/capsula de entrada.

      Por exemplo, aproximado do mesmo valor do Raveo Aria ou Orpheus, eu preferiria pegar um toca-discos Quartz-Control (veja nesse link) com um conjunto de capsula/agulha da Ortofon (uma das melhores de entrada na atualidade). Ainda sobrariam os R$700,00 que você poderia usar para adquirir um bom reveiver+caixas vintages.

      O que quero dizer é que se você comprar qualquer aparelho da Raveo, a estrutura e as configurações do aparelho não compensam qualquer gasto com upgrade. Em aproximadamente três anos você terá que trocar todo o aparelho por um novo. Por isso que prefiro sempre comprar os módulos separados. Minha sugestão mais barata hoje, com bons equipamentos de entrada e novos (vc encontrará vintages por um terço do valor total) seria:
      1) Toca discos Audio-Technica AT-LP120XUSB-BK Direct Drive USB, já com agulha elíptica e boa capsula magnética (clique aqui e confira)
      2) Amplificador Receiver Slim, Frahm, 31840 – pois o TD já tem pré-amplificador (confira nesse link)
      3) Caixa de Som, Edifier R1000T4, 24W RMS – bom pra começar, mas depois eu iria atrás de um par vintage (confira nesse link)

      Abraços e qualquer outra dúvida entre em contato diretamente no e-mail: [email protected].

  3. Muito obrigado pela atenção, Marcelo. É que surgiu a oportunidade de conseguir um 3×1 desses gratuito, então meus gastos seriam só com a cápsula+agulha. Achei muito úteis suas dicas, especialmente porque abriu meus olhos pra alternativa da Frahm em vez de me ater a um amplificador de uma marca mais tradicional. Vou atrás desse jogo ortofom e já me preparo pra quando o Raveo não estiver mais dando conta buscar um equipamento melhor.
    Obrigado e um abraço.

      1. Marco Aurélio Gois dos Santos

        Interessante essa dica, Marcelo. Comecei a pesquisar, mas me disseram que esse aparelho (Aria) não aceita cápsula magnética, que precisaria de um preamp. Você sabe se a informação procede?

        1. Olá Marco!

          De fato, estes aparelhos são feitos para cápsulas de cerâmica. Seus pré-amps embutidos não funcionam bem com cápsulas magnéticas.

          Como ele te uma entrada auxiliar você poderia usar um pré-amplificador. A minha dúvida é se existem cabos externos do toca-discos que permitam você ligar o toca-discos do pré-amp. No manual do aparelho inclusive (que você pode ver neste link) não consta esta possibilidade.

          Daí vc precisaria levar seu aparelho num técnico de confiança para que ele desconecte o pré-amp interno e conecte um cabo RCA para você liga-lo no pré-amp.

          Não adianta você usar um pré-amp conectando na saída do aparelho e depois ligar as caixas de som no pré-amp, pois ele já tem um dispositivo de pré-amplificação interno para cápsulas de cerâmica.

          Te confesso que se eu fosse investir numa aparelho eu não compraria este tipo de aparelho. Vale muito mais a pena você comprar um conjunto desacoplado e ir fazendo upgrades aos poucos. Neste artigo do site (https://osomdovinil.com/6-opcoes-de-sets-de-som-com-toca-discos-novos-para-iniciantes/) eu te indico 6 sets de som para começar com qualidade no mundo do vinil.

          O 6º é o mais barato e com qualidade muito superior a estes modelos da Raveo. Vou deixar a dica dele abaixo pra você: Este seria o set de som mais simples. Indicado para iniciantes que não querem investir muito e apenas ouvir seus discos de vez em quando, ou fazer uma primeira experiência com qualidade no mundo do vinil:

          1) Audio Technica Automático AT LP60 sem fone de ouvido e com BlueTooth – https://amzn.to/3stStQY
          2) Pré-amplificador Mingzhe – https://amzn.to/45oNAHn
          3) Caixa de Som, Edifier R1000T4, 24W RMS– https://amzn.to/44tjLEg

          Espero ter ajudado!

          Abraços!

          1. Marco Aurélio Gois dos Santos

            Ajudou muito, Marcelo. Muito obrigado. Tenho esse aparelho há 6 anos. Estou bem feliz com ele, e o atendimento da assistência da Raveo é excelente. Mas estou de olho nas suas dicas por aqui, qualquer dia desses vou montar um sistema decente. Abraço!

  4. Olá Marcelo,
    Obrigado pelo seu artigo e pelas respostas acima.
    Tenho um toca-disco Aiwa Px-e850, um par de caixas Edifier R1280DB e pretendo adquirir o amplificador receiver Slim Frahm 31840 por recomendação sua, buscando um conjunto razoável de entrada.
    Tenho também muitos Cds antigos, qual a melhor solução para acrescentar um leitor de Cd nesse conjunto?
    Obrigado!

    1. Olá Batista Jr! Fico feliz em poder ter ajudado a montar o seu set de som. Eu também uma coleção de CDs e este é um tópico complicado, pois CD players são um dilema: ou você compra um usado barato, mas sem saber por quanto tempo a unidade óptica funcionará, ou compra um novo que é muito caro (como esse Marantz que pe meu sonho de consumo https://amzn.to/2Vgq4gV). Recentemente saíram alguns cd-players portáteis (como este https://amzn.to/3iewNka), mas não testei nenhum (mesmo assim eu não compraria pelas experiências que tive com outros aparelhos atuais). O que eu uso no meu set de som atualmente é um aparelho de DVD (como este https://amzn.to/3fkNDvZ) conectado a um buffer de audio como este (https://amzn.to/3llOYqk). Com essa formatação eu consigo ouvir os meus cds com um som legal e também os meus DVDs de shows, que também tenho vários. Durante muito tempo usei apenas o DVD player para tocar meus CDs e ficava satisfeito com ele ligado no meu receiver. Não aconselho a comprar CD-players antigos por mais de R$50,00, pois nunca se sabe se você conseguirá uma boa unidade ótica caso precise trocar. Hoje em dia é mais fácil achar capsulas e agulhas de toca-discos do que unidades óticas de CD-players antigos. Abraços e espero ter ajudado.

  5. Boa tarde amigo! Comprei uma Raveo Aria já tem um tempo e percebi que o som não está mais me agradando. No entanto gostaria de trocar a capsula junto em vez de só a agulha nativa que parece de qualidade bem questionável. O que estou de olho é uma capsula da AT, vi que possui a mesma entrada da capsula de cerâmica que já vem no TD.
    Queria saber se é possível fazer essa troca e se o aparelho vai ser compatível com a capsula nova ou se devo me contentar apenas com a agulha nova. E se for comprar uma agulha, será que uma agulha de qualidade melhor como as da AT já me trariam som melhor?

    No mais, obrigado e parabéns pelo artigo. Me tirou algumas dúvidas que eu já tinha sobre o meu aparelho.

    1. Olá Guilherme! Sinceramente, o que posso te dizer é gaste o mínimo possível com este aparelho, por tudo o que já expus no artigo.

      Se o seu ouvido já apurou como entendi, dificilmente alguma capsula de cerâmica irá te agradar, por melhor que seja a agulha (que deste tipo irão ter uma boa resposta de som por no máximo um ano de uso).

      Talvez se você conseguir trocar todo o conjunto de capsula+agulha (creio que seu aparelho permita isso pois possui uma headshell universal), para uma capsula magnética em parceria com um agulha elíptica (pra mim, o melhor custo-benefício hoje são as “verdinhas” da audio-technica (creio ser a elas que se referiu acima): agulha AT-VMN95E e cápsula AT-VM95E – essa aqui) .

      Esta seria uma boa solução.

      Agora vou te falar o que eu, no seu lugar, faria.

      Economizaria com qqer upgrade para buscar um aparelho de entrada com qualidade um pouco superior e montar um set desacoplado (acho isso essencial, pois a qualidade de som está muito ligada, também, ao receiver/amplificador e às caixas acústicas – avalie se esse não pode ser também o seu problema aí-, e um aparelho com as partes principais separadas me permitiriam upgrades pontuais). Junto a isso, eu venderia este aparelho se ele fosse meu e com o valor dele somado ao economizado antes daria pra montar um set novo muito bom. Comentei sobre como fazer isso e dei dicas de aparelhos para comprar neste artigo: Os Melhores Toca-Discos Novos Para Iniciantes no Mundo do Vinil

      Espero ter ajudado!

      Abraços!

      Marcelo.

  6. Boa tarde meu amigo! Sou um iniciante nesse mundo dos toca discos, e seu site está me ajudando bastante! Hoje tenho um toca discos básico que pretendo trocar, as temidas maletas, e fiquei curioso com sua citação sobre aparelhos vintage. Gostaria de algumas sugestões de modelos para que eu possa iniciar minha busca. Desde já agradeço sua paciência em compartilhar conhecimento.

    1. Olá Glauco,

      recentemente escrevi um artigo sobre essa pergunta. Eu, particularmente, acho que o melhor é sempre investir em aparelhos novos. Por mais que os aparelhos antigos sejam excelentes, além de usados, seus componentes possuem pelo menos 30 anos de idade. Mesmo que que externamente eles estejam intactos, internamente, seus circuitos, peças, soldas e mecanismos já sofrem pela ação do tempo independente se tenha ou não uso. Para completar, hoje em dia está complicado arrumar técnicos de confiança para prestar a assistência técnica capacitada para este tipo de aparelho. Explico mais sobre isso neste artigo: Toca-Discos Novo ou Vintage? Qual é Melhor?

      Agora, pensando nas melhores opções de conjuntos de som, montei seis sets, indo do melhor dos mundos de entrada hoje no Brasil, até o mais simples. Registro que o universo do vinil é um hobby caro. Posso dizer isso sem medo. Sets de som high end podem chegar a custar o valor de um apartamento. Tentei buscar opções baratas, para construir sets de som de entrada que vão de um pouco mais do que seu orçamento dito (e, obviamente, são os que mais valem a pena), até apenas cerca de 50% dele. Isso para que você possa fazer a melhor escolha.

      Obviamente, se você pudesse pegar o set de melhor qualidade hoje, ele seria definitivo e um investimento único (usando os links abaixo, você poderá dividir seu set de som em até 10X sem juros), mas nada impede de você pegar um mediano, como o “set 4”, por exemplo, e ir fazendo upgrades nele. E sempre que precisar coloco-me a disposição para ajudar com o pouco que sei deste universo do vinil. Não se acanhe em entrar em contato, pois é sempre prazeroso compartilhar ideias e conhecimento sobre o mundo do vinil.
      Uma observação importante é que muitos destes aparelhos estão em promoção neste período de Black Friday, sendo assim, pode ser que os preços referenciados mudem de uma semana para outra.
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      Set 1: O set definitivo.
      Chamo este set de definitivo, pois, com o passar do tempo a única atualização a ser feita será a de agulha (com o passar do tempo é necessário trocar – pelo menos de 5 em 5 anos), ou então um melhor conjunto de capsula e agulha (uma ortofon 2M red neste set iria brilhar, mas esta só importando). Neste caso, não é necessário um pré-amplificador, pois o receiver japonês já vem com um excelente embutido.
      Creio que ele ficará bem acima do seu investimento para o conjunto todo, mas se você puder montá-lo, fará um único investimento para o resto da sua vida.
      1. Toca-Discos Audio-Technica AT-LP120 – Link para compra: https://amzn.to/3AfNEf4
      2. Receiver Onkyo TX8220– Link para compra: https://amzn.to/3EyLZ6Y
      3. Par de Caixas Acústicas Torre Yamaha Preta NS-F51 – Link de compra: https://amzn.to/3AcQMIE
      Hoje este set está saindo por R$ 9.556,00, que pode ser dividido em até 10X.
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      Set 2: Foco no receiver e no toca-discos
      Este set é muito parecido com o anterior, só diminuí a qualidade das caixas acústicas. Se você quiser poderá adicionar um subwoofer mais tarde para melhorar as frequências graves, porém, se o se espaço for de até 20m² creio que este par de caixas será suficiente e te agradará por um bom tempo.
      1. Toca-Discos Audio-Technica AT-LP120 – Link para compra: https://amzn.to/3AfNEf4
      2. Receiver Onkyo TX8220– Link para compra: https://amzn.to/3EyLZ6Y
      3. Par de Caixas Acústicas Bookshelf, Klipsch, R-15M – Link para compra: https://amzn.to/3tuejkq
      Hoje este set está saindo por R$ 8.436,00, que pode ser dividido em até 10X.
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      Set 3: Foco no toca-discos
      Este set é muito parecido com os anteriores, troquei o receiver por um amplificador para diminuir o valor do set. Com este set você só precisará trocar o amplificador pelo receiver no futuro.
      1. Toca-Discos Audio-Technica AT-LP120 – Link para compra: https://amzn.to/3AfNEf4
      2. Amplificador Receiver Taramps THS 3600 – Link para compra: https://amzn.to/3GjBgyI
      3. Par de Caixas Acústicas Bookshelf, Klipsch, R-15M – Link para compra: https://amzn.to/3tuejkq
      Hoje este set está saindo por R$ 6.539,14, que pode ser dividido em até 10X.

      Neste set não é necessário usar um pré-amplificador, pois pode-se usar a chave “LINE” do toca-discos, mas se você quiser investir um pouco mais na qualidade do som, eu indico o uso do pré-amplificador Pyle (este aqui: https://amzn.to/3twTmpm ). Se você quiser entender a necessidade de um pré-amplificador, basta ler este meu artigo: https://osomdovinil.com/pre-amplificador-phono-por-que-eu-preciso-de-um/
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      Set 4: Equilíbrio entre preço e qualidade para um set de entrada.
      Este set é o mais equilibrado no quesito custo-benefício. Ele não te dará a qualidade sonora dos dois primeiros, mas terá um bom equilíbrio de qualidade em cada parte do set, com foco no melhor preço para bons aparelhos.
      O toca-discos escolhido esta entre o AT LP120 e o AT LP60, sendo melhor que o AT LP60 pela base, os controles de antiskating e contrapeso na agulha, além de permitir a troca da cápsula e agulha. Ele perde do AT-LP120 nos quesitos peso, refinamento, pré-amplificador embutido, braço, tração direta e conjunto de capsula e agulha de fábrica.
      1. Toca-Discos (Belt-Drive), Audio-Technica, T-LP3BK – Link de compra: https://amzn.to/3E99bHA
      2. Pré-amplificador Pyle – Link de compra: https://amzn.to/3twTmpm
      3. Amplificador Receiver Taramps THS 3600 – Link para compra: https://amzn.to/3GjBgyI
      4. Caixa de Som Bluetooth Edifier R1280DB 42W – Link de compra: https://amzn.to/3X6znuU
      Neste caso, eu indico muito o uso do pré-amplificador, pois o acoplado a este modelo de toca-discos é insuficiente.
      Este set hoje está saindo por aproximadamente R$ 5.067,22, que pode ser dividido em até 10X.
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      Set 5: Set de entrada com preço mais acessível.
      Este set é uma opção mais barata que o anterior, pois pegamos o toca-discos mais simples de entrada e mantivemos os demais aparelhos.
      A desvantagem aqui é que o toca-discos não permite ajustes de contra peso e antiskating, nem a troca do conjunto capsula/agulha. Além disso, como o pré-amplificador embutido no toca-discos não é dos melhores, mantive um externo dedicado.
      Também escolhi a versão com fone de ouvido, pois ele vem com uma saída de áudio frontal, além de ter um ótimo fone de ouvido no conjunto.
      1. Audio Technica Automático AT LP60 com fone de ouvido – Link de compra: https://amzn.to/3Ajacvv
      2. Pré-amplificador Pyle – Link de compra: https://amzn.to/3twTmpm
      3. Amplificador Receiver Taramps THS 3600 – Link para compra: https://amzn.to/3GjBgyI
      4. Caixa de Som Bluetooth Edifier R1280DB 42W – Link de compra: https://amzn.to/3X6znuU
      Este set hoje está saindo por aproximadamente R$ 3.787,53, que pode ser dividido em até 10X.
      Observação: Neste caso eu te indicaria comprar um cabo P2/RCA como estes (https://amzn.to/3EcL6zo ), que são em ouro e vão melhorar bastante a qualidade de som que sai do toca-discos e vai para o pré-amplificador.
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      Set 6: Set de entrada para iniciantes que não querem gastar muito.
      Este seria o set de som mais simples. Indicado para iniciantes que não querem investir muito e apenas ouvir seus discos de vez em quando, ou fazer uma primeira experiência com qualidade no mundo do vinil.
      1. Audio Technica Automático AT LP60 sem fone de ouvido – Link de compra: https://amzn.to/3Gizkq3
      2. Amplificador Receiver Slim, Frahm, 31840 – Link para compra: https://amzn.to/3g40B50
      3. Caixa de Som, Edifier R1000T4, 24W RMS– Link de compra: https://amzn.to/3tvW9il
      Este set hoje está saindo por aproximadamente R$2.476,99, que pode ser dividido em até 10X.
      Não coloquei o pré-amplificador para que ele ficasse o mais simples e barato possível, mas se puder adicionar ao menos um pré-amplificador Pyle (este aqui: https://amzn.to/3twTmpm ) e um cabo P2/RCA (como estes https://amzn.to/3EcL6zo ) entre o toca-discos e o pré-amplificador, melhoraria bastante.
      —————————————————
      Fone de Ouvido para Música Analógica:
      Sei que você quer ouvir música pelas caixas acústicas, mas eu tenho a opinião de que a experiência do vinil só é completa com um bom fone de ouvidos junto a um quarto escuro. Isso te dá uma privação sensorial que tornará a experiência única.
      Por isso vou adicionar aqui uma sugestão de um fone ótimo para música analógica e que funcionará bem em todos os sets de som.
      • Fone de ouvido HPM1000, Behringer – Link de compra: https://amzn.to/3EcFW6A
      ——————————–
      Mais uma vez, obrigado pela confiança no meu trabalho e espero ter ajudado!

      Se possível, use os nossos links colocados aqui nesta consultoria, pois com eles ganho comissões que mantém o site e o canal ativos.

      Abraços e me conte depois qual foi sua opção para seu conjunto de som!

  7. Bom dia! Muito obrigado pela resposta meu amigo! Vou analisar todas as suas dicas. Sendo sincero, eu sou fã do vintage, tenho a música como um hobby que já me acompanha a alguns anos, principalmente os instrumentos de corda, por isso fico balançado quando vejo um set antigo funcionando e confesso que fico tentado em buscar algo parecido, eu não sei explicar essa paixão pelo antigo hahahah.

  8. Eu fiz a pergunta se da para trocar a capsula e a agulha pelo WhatsApp da Raveo:

    “Duvida 1: Esse modelo Aria, sei que ja está fora de linha, mas é possível trocar a capsula e a agulha?”

    Resposta: Não recomendamos a troca da cápsula e agulha por outro modelo ou material.

    Atualmente a Aria está fora de linha (estive olhando um anuncio de usado). A Orpheus não tem estoque e esta sem previsão de retorno.

    É uma pena pois os outros modelos deles são muito enfeitados, eu prefiro o estilo mais discreto, minimalista.

  9. Boa tarde Marcelo, parabéns e obrigado pelas informações. Eu ganhei um Philips AH 928, em perfeito estado, mas sem as caixas de som. Por favor, poderia me indicar alguma e você acha que teria a necessidade de acrescentar um receber? Desde já muito obrigado.

  10. Oi Marcelo.. ótimo conteúdo..

    Sou totalmente novo no mundo dos vinis e decidi comprar um modelo Orpheus usado que encontrei por um preço muito bom e ótima conservação (foi usado 2 vezes). Moro em apartamento e meu intuito não é um som extremamente alto… até o momento o som, para o meu interesse, está ok…

    Eu não poderia gastar mais de 2 ou 3 mil para algo que eu nunca tive contato e nem sei como será o meu real uso, por isso tentei ir na melhor opção para essa fase.. esse momento…

    Ela tem saída onde posso colocar um receiver e assim evoluir um pouco o som…. algo que posso fazer aos poucos… mas não é algo que penso agora…

    O que está me pegando mais é a qualidade da agulha e capsula. Olhando, para um leigo, parece ser algo que possa ser trocado… mas eu não tenho conhecimento para me arriscar em trocar além da agulha…

    O meu maior receio é realmente que ela estrague os discos com o tempo…

    Sobre o conjunto dela… para alguém iniciante… eu gostei, especialmente por ter conseguido por um preço bom…

    Agora estou realmente avaliando se vale a pena fazer um upgrade na agulha… se é que isso me ajudaria a proteger os discos….

  11. Marco Aurélio Gois dos Santos

    Excelente post! Tenho uma Raveo Aria desde 2017. Gosto dela, ciente das limitações. Acabo de quebrar o suporte da cápsula, estou procurando pra comprar. Vi umas cápsulas magnéticas, mas já me disseram que não funcionam nesse aparelho. Você sabe me dizer se dá pra trocar o headshell desse TD? Os fios vêm por dentro do braço, entram no headshell e encaixam na cápsula. Tem meio cara de gambiarra

  12. Gostei muito de seu post. Queria pedir ajuda, caso seja possivel. Queria comprar um aparelho para minha casa que tivesse, toca disco, CD, USB, radio, etc… Só vejo estes tipo retro e não gosto. Prefiro algo moderno. O que você me sugere? Meu orçamento é de uns 2.000 reais. Agradeço de antemão.
    Maria Tereza

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