Megabandas: Uma espécie em extinção!

Antes de tudo, vamos estabelecer o que seriam megabandas. Que o rock né roll é o estilo musical mais passional que existe isso ninguém nega, principalmente seus ardorosos fãs. Existem muitas bandas de rock que são quase uma unanimidade dentre os “roqueiros” de plantão, mas esta unanimidade não define o que irei chamar de megabanda.

Esse neologismo é usado por mim para aquelas bandas e/ou artistas, principalmente de rock pop, que ultrapassaram as fronteiras (pra não dizer trincheiras) do estilo que adota, lotavam estádios, vendiam milhões de discos e eram quase unanimidade, mesmo fora do rock! A primeira banda deste segmento que vem à minha mente é o Rolling Stones. Também o Queen. Hoje em dia o Metallica, certamente!

Uma Megabanda é também uma banda que agrada não somente aos amantes das guitarras aceleradas e lota estádios independente do país onde estejam. Por exemplo, sua avó pode não entender as guitarras pesadas de “Whole Lotta Love”, do Led Zeppelin, mas conhece e até gosta das harmonias melancólicas de “Stairway to Heaven”.

Você certamente conhece alguém mais velho que amaldiçoaria as guitarras cortantes de “Razamanaz”, do Nazareth, mas se emociona com a dramaticidade de “Love Hurts”. Vários nem imaginam que o Queen inspirou o thrash metal com “Stone Cold Crazy”, mas adoram “Love of My Life” “Radio Gaga”. 

Todos esses nomes, junto a vários outros, romperam as barreiras do rock e foram canonizadas no olimpo do mainstream em algum momento. Até hoje lotam estádios com seus shows caros e disputadíssimos, até mesmo por quem não acompanha e entende sua obra, visto os acontecimentos nos últimos shows do Roger Waters no Brasil.

Os shows desse tipo de banda ainda causam alvoroço e seus discos ainda causam comoção, mesmo naqueles que nunca os ouviram com a devida atenção. A primeira megabanda a arrastar multidões foram os Beatles.

Mas podemos dizer que a espécie nasceu, de fato, em meados dos anos 1970 quando tínhamos Led Zeppelin (com certeza a megabanda da década de 70!), Pink Floyd, Kiss, e até 1977, o rei do rock Elvis Presley.

Mas nos anos 80 e até a metade da década seguinte vimos o nascimento de muitas megabandas. Algumas delas só reafirmaram sua qualidade e atingiram um sucesso além das rádios de rock, seus fãs iam muito além de cabeludos que curtiam um air guitar e outras realmente nasceram aí nesta década.

Uma época dourada para os fãs do bom rock n’ roll onde tivemos: Rolling Stones, Queen, o Pink Floyd dando continuidade ao status de megabanda, AC/DC enfim explodindo, Aerosmith se reencontrando, Guns N’ Roses (a megabanda da década de 90), Bon Jovi (que até 1995 ainda tocava rock!), U2 (que até 1990 ainda tocava rock!), Rush, Metallica e o Iron Maiden atingindo patamares de popularidade que iam muito além dos fãs do estilo musical em que se encaixavam.

Este tipo de banda está em extinção! E antes que me critiquem sei que existem muitas outras megabandas além das quais citei, utilizei estas como exemplo, mas a questão aqui vai além das antigas bandas.

A questão são as novas. Bandas de rock com estas características não surgem mais e as que existiam estão acabando. Se acha que estou enganado pense comigo: destas bandas citadas acima, Queen, Rush, Led Zeppelin, Guns N’ Roses (os fãs que me perdoem,  mas sejam sensatos e críticos!) e o Pink Floyd acabaram.

Aerosmith, AC/DC e Rolling Stones já são bandas com mais de 40 anos de carreira e suas aposentadorias estão próximas. Sobraram Metallica, Iron Maiden, U2, Pearl Jam e Bon Jovi que honestamente não irão durar mais muito tempo.

O que será do futuro desta espécie de grupo de rock n’ roll? Quem serão os novos aspirantes a megabandas? Espero que o tempo traga alguma resposta positiva…

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