O Gramofone e o Disco Fonográfico de Berliner | História do Vinil

O Gramofone e os discos fonográficos representaram a primeira revolução do mercado fonográfico. Ao contrários dos projetos anteriores de gravação e reprodução de áudio, primitivos e pioneiros de Thomas Edison e Alexander Ghraham Bell, gramofone não gravava em cilindros e, em vez disso, usava discos planos feitos de vidro.

Thomas Edison tentou o primeiro projeto de um dispositivo de gravação e reprodução de música em 1877. Ele chamou sua invenção de “fonógrafo” e funcionava gravando sons em cilindros. No entanto, a qualidade da produção era extremamente baixa e cada gravação só podia ser reproduzida uma vez.

Melhorando o design de Edison, Alexander Graham Bell inventou o primeiro grafofone, que funcionava usando cilindros de cera. Embora a qualidade do som tenha melhorado muito em comparação com o fonógrafo, cada cilindro teve que ser gravado separadamente. Isso impedia a produção em massa da mesma gravação, limitando seu uso funcional.

Portanto, em 1887, um inventor patenteou o primeiro gravador de som de sucesso e o chamou de gramofone.

Quem Inventou o Gramofone?

A história nos conta que Thomas Edison cogitou criar as ranhuras em espiral num disco plano, mas optou pelo cilindro  giratório porque ele impulsionava a agulha com velocidade constante. No disco plano existia o problema da força centrípeta que alterava a velocidade da reprodução enquanto a agulha se dirigia ao centro do disco.

Mas isso seria resolvido com a invenção do Gramofone, que usava basicamente os mesmos princípios do Fonógrafo de Edison. Oficialmente, o Gramofone foi inventado em 1887 por Emil Berliner e por sua facilidade de produção massa logo suplantou o Fonógrafo de Edison.

O fato de reproduzir áudio gravado em discos facilitava os processos de reprodução e gravação, além de oferecer um maior espaço de gravação comparado aos cilindros de Thomas Edison.

O Disco Fonográfico de Berliner

Junto com o Gramofone, em 1887, Berliner, uma americano nascido na Alemanha, inventou um disco plano e giratório que fazia com que a agulha se movesse horizontalmente pela gravação e não verticalmente.

Além dos potenciais industriais de produção, os discos de Berliner reduziam a distorção sonora dos cilindros. Tanto que a Columbia Records, fundada em 1888, abandonou os cilindros fonográficos e passou a usar discos na década de 1890.

No disco fonográfico, a ranhura começava na borda externa e, aos poucos, aproximava-se do centro, enquanto executava o som que era gravado no disco como o uso de uma agulha afiada que oscilava  de acordo com a frequência sonora, de uma lado para o outro na ranhura.

Os primeiros discos fonográficos eram feitos com uma mistura de borracha endurecida, algodão e ardósia em pó. Posteriormente, passou-se a usar goma-laca, uma espécia de resina comercial inventada em 1896.

O mais interessante é que apesar do disco ter dois lados, até 1923, só eram registrados áudios em um lado dele À partir dessa data já existiam três tamanhos de discos fonográficos: 7, 10 e 12 polegadas, e originalmente giravam a uma velocidade de 75 a 80 rpm. A maioria dos fabricantes optou por discos de 78 rpm. Um disco de 10 polegadas era capaz de reproduzir três minutos de música de cada lado.

A Revolução de Berliner

Finalmente, a produção em massa de discos foi possível através do uso de um gramofone, e vários discos foram feitos a partir de cada gravação. Em 1894, Berliner havia criado a United States Gramophone Company, que recodificava e fabricava centenas de discos todos os anos.

O gramofone continuou a ser uma presença forte na indústria fonográfica e em todos os lares em todo o mundo até a chegada da Segunda Guerra Mundial. Os toca-discos mais avançados foram desenvolvidos nas décadas de 1910 e 20 e ultrapassaram as capacidades dos Gramofones originais.

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