Estes são os 18 Discos Obrigatórios numa coleção de Black Metal

Se você quer começar a construir uma coleção de discos de Black Metal estes são os 18 álbuns obrigatórios para ter na sua estante!

Se você quer começar a construir uma coleção de discos de Black Metal estes são os 18 discos essenciais para ter na sua estante!


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Black metal é um subgênero do heavy metal que tipicamente assume temas anticristãos, satânicos e pagãos. As canções de black metal normalmente têm um andamento rápido e apresentam vocais estridentes, guitarras fortemente distorcidas e estruturas musicais não convencionais. Hoje vamos escolher os 18 discos essenciais para você começar uma coleção de respeito do gênero.


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Abaixo listo os 50 melhores discos da história do black metal dentro das suas mais diversas vertentes e facetas, com a condição de escolher apenas um disco por banda. Para conferir o disco basta clicar nos links em azul.

  1. Venom – “Black Metal” (1982)
  2. Sarcófago – “I.N.R.I.” (1987)
  3. Bathory – “Blood Fire Death” (1988)
  4. Darkthrone – “A Blaze in the Northern Sky” (1992)
  5. Mayhem – “De Mysteriis Dom Sathanas” (1994)
  6. Enslaved – “Frost” (1994)
  7. Dissection – “Storm of the Light’s Bane” (1995)
  8. Burzum – “Filosofem” (1996)
  9. Dimmu Borgir – “Enthrone Darkness Triumphant” (1997)
  10. Immortal – “At the Heart of Winter” (1998)

Estes são os 18 Discos Essenciais numa coleção de Black Metal

Por que 18? Simples. 6 + 6 +6 =18. E 666 é um dos símbolos mais usados no black metal como referência ao satanismo. É manjado, mas sempre gostamos de fugir de dezenas exatas em nossas listas, quando possível. E sim, vamos buscar clássicos. Não precisa procurar aquela banda obscura que você achou no Bandcamp e só você e o único membro dela escutam! Então vamos aos dezoito discos essenciais do Black Metal.

1. VENOM: “Black Metal” (1982)

Formado no final dos anos 70 , na cidade de Newcastle , o Venom logo foi batizado de trio cavernoso por causa de seu primeiro disco, “Welcome to Hell” (1981), que apesar da agressividade e o nível de blasfêmia, ainda estava musicalmente inserido na NWOBHM.

Foi com “Black Metal”, de 1982, que a banda definiu um estilo para si, batizando-o junto com o álbum que os colocou na história do heavy metal por trazer faixas como “Black Metal”, “To Hell And Back”, “Teacher’s Pet”, “Countess Bathory”. 

Com um som pesado, massacrante, e sujo, pseudônimos mitológicos, produção crua e blasfêmia, eles elevaram o proto-satanismo do Black Sabbath a um alto patamar provocativo e blasfemo, usando a potência musical do Motorhead para criar uma sonoridade crua, agressiva, cavernosa e que emoldurava seu satanismo gótico, que beirava a ingenuidade.

Não há como ignorar este disco nesta lista, pois tudo começa aqui!

2.  VULCANO: “Bloody Vengeance” (1986)

Formado no ano de 1981 em Santos/SP, a banda sempre mostrou versatilidade de um álbum  para outro, como uma das poucas brasileiras a ter consciência da arte como agente mutável de acordo com a maturidade das mãos que a forja.

“faça-você-mesmo” de “Bloody Vengeance” e sua produção crua influenciaram de modo inegável a cena escandinava do black metal. A começar pela capa que trazia uma igreja em chamas.

Um verdadeiro amálgama do que havia de mais extremo em termos de heavy metal naquele período, diluindo influências e moldando-as a seu modo, com personalidade, rispidez e solidez.

“Blood Vengeance” (1986) é um marco do metal nacional,  e de “Dominions of Death” à “Bloody Vengeance”, temos o puro black metal  sem amenidades, afinal, a banda convoca os “demônios para servir o mal”, enquanto “as forças do black metal, tão fortes como a morte, ainda estão no comando para destruir sua mente”.

3. SARCÓFAGO: “I.N.R.I.” (1987)

A banda mais violenta do Brasil no fim da década de 1980. O impacto da capa e das letras foi tamanha que ecoou até na cena norueguesa. Cintos de bala, cruzes invertidas, blasfêmias, maquiagem, anti-religião e peso foram levados a um novo patamar de ultraje e subversão.

Dizem que os blast-beats começaram a ser usados neste disco. Ao menos no metal nacional, foi inaugurado neste disco, à época apelidados de metranca, e motivados pelas influências virulentas de crust hardcore. (confira aqui uma lista 17 discos essenciais de hardcore crust escandinavo)

Bastava uma olhada na capa e uma lida em títulos como “Satanic Lust”, “Christ’s Death”, “Satanas”“I.N.R.I.” para saber que aqui tinha metal satânico. Se isso não bastasse ainda tinha “Nightmare”, um dos grandes clássicos do black metal.

4. BATHORY: “Blood Fire Death” (1988)

O Bathory foi a espinha dorsal do que seria de fato conhecido como black metal. Ao lado do Venom e do Hellhammer, foram os primeiros que lançaram mão de recursos que, mais tarde, serviriam para definir os padrões do estilo.

Os primeiros acordes do que viria a se tornar o Black Metal, foram reforçados com álbuns como “Bathory” (1984), “The Return” (1985) e “Under a Sign of the Black Mark” (1987).

Todavia, o Bathory seguiu na contra-mão dos principais nomes do Black Metal de sua época, dando impulso a um novo estilo dentro do Heavy Metal, com “Blood Fire Death”.

Podemos dizer que este é o marco zero do Viking Metal, introduzindo, além da mitologia nórdica, orquestrações e passagens climáticas em meio a brutalidade já inerente ao black metal. “A Fine Day to Die”, “For All Those Who Died” e a faixa-título resumem bem isso, enquanto “The Golden Walls of Heaven”, Pace ’till Death”, “Dies Irae” e “Holocaust” reforçam a estética agressiva. 

5. ROOT: “Zjeveni” (1990)

O Root é uma das bandas mais importantes dentro do black metal mesmo sendo uma das menos lembradas quando se pensa em discografia básica do gênero.

O discurso da banda trazia referência aos ensinamentos filosóficos de Anton Szandor LaVey, tanto que Big Boss, membro fundador e vocalista do Root, foi o encarregado do braço tcheco da Igreja de Satã. O que deu um tom mais sério ao satanismo abordado na música extrema do leste europeu.

Musicalmente, a banda se situa entre as duas principais ondas do black metal, seguindo os passos de Bathory e Venom, de uma forma mais lapidada, mais refinada, investindo em um maior senso épico, enquanto usa artifícios sombrios e vocais esbarrando nas linhas limpas.  O que não tira o clima diabólico das faixas deste “Zjevení”, primeiro disco do Root.

Até acredito que, em termos de música e produção, o Root tem discos melhores que esse “Zjevení”, como “The Book” (1999) e “Madness of the Graves” (2003), todavia, a importância deste primeiro disco para as possibilidades experimentais e criativas futuras do black metal (ouça “Zjevení”, “Upálení” “Píseň pro Satana”), e o fortalecimento da cena leste-europeia (ao lado de bandas como Master’s Hammer, Tormentor, e Törr) é gigantesca.

6. DARKTHRONE: “A Blaze in the Northern Sky” (1992)

Apesar de ser norueguesa, a banda Darkthrone sempre passou ao largo das polêmicas que envolveram a cena Inner Circle, tanto que foi a primeira daquela cena a conseguir um contrato com uma gravadora de nome dentro do heavy metal, no caso a Peaceville.

Todavia, seu primeiro disco, “Soulside Journey” estava mais para o death metal sueco do que para o black metal norueguês. A mudança veio após problemas com a formação e o trabalho seguinte, “A Blaze In The Northern Sky”, já mostrava uma banda referência da cena norueguesa do metal negro.

Na contracapa vinha uma dedicatória eterna  a Euronymous, referenciado como o “rei do death/black metal”, quase como que pedindo a “benção” do mártir para que praticassem o black metal com riffs de death metal.

Fora isso, tudo aqui segue a cartilha do metal negro e faixas como “Kathaarian Life Code”, “In the Shadow of the Horns”, “Where Cold Wind Blows” e “The Pagan Winter” são pedras preciosas do gênero.

7. BEHERIT: “Drawing Down the Moon” (1993)

Essa é típica banda que leva o contexto do Black Metal no real sentido que ele foi criado . Beherit é um nome retirado do siríaco clássico, uma linga asiática que se tornou um dos principais idiomas literários em todo o Oriente Médio do século IV ao VIII, e significa Satã.

Formada no final da década de 80, na Finlândia, “Drawing Down the Moon” é o primeiro disco do Beherit, de 1993, donde jorram influências de bandas como Sarcófago e Vulcano, declaradas pelo próprio vocalista da banda, Nuclear Holocausto Vengeance (que belo nome, hein?!).

O grande mérito de “Drawing Down the Moon” (1993) está nas ambientações e nos teclados, afinal, em sua formação, o black metal era ensimesmado e pouco afeito a misturas. Aqueles que gostam das formas modernas do black metal irão enxergar o princípio das ideias modernas esboçadas aqui, em faixas como “The Gate of Nanna” ou “Werewolf, Semen and Blood”.

8. MAYHEM: “De Mysteriis Dom Sathanas” (1994)

A carreira da banda norueguesa Mayhem não tem muitas felicidades fora do quesito musica . O ex-vocalista Dead cometeu suicídio e algum tempo depois o guitarrista e um dos fundadores da banda, Euronymous, foi assassinado, no mais escandaloso evento do Inner Circle noruguês, história que você pode conferir completa aqui.

Até por isso, apesar do protagonismo dentro da cena norueguesa, o primeiro full lenght da banda foi o mais tardio de sua geração. O que  não faz de  “De mysteriis dom Sathanas” menor! Muito pelo contrário, talvez seja o grande disco dos primeiros anos do black metal norueguês.

A formação é lendária: Euronymous (guitarras), Hellhammer (bateria),  Attila Csihar (vocais) e
Count Grishnackh (baixo). Sim, assassino e vítima dividiram a gravação daquele que pode ser classificado como o disco símbolo do black metal norueguês. E faixas como “Funeral Fog”, “Freezing Moon”, “Pagan Fears” ” De Mysteriis Dom Sathanas” são as provas disso!

“De mysteriis dom Sathanas” – algo com “Sobre os Mistérios do Senhor Satanás” – foi gravado entre 1992 e 1993, mas seu lançamento foi abortado por causa do assassinato de Euronymous. A família do guitarrista pediu a Hellhammer que tirasse as linhas de baixo de Varg, o assassino, mas, mesmo com a promessa de que iria fazê-lo, o baixo que se escuta é o original, assim como, ao contrário da lenda, as guitarras não foram gravadas por  Snorre W. Ruch, do Thorns.

9. EMPEROR: “In the Nightside Eclipse” (1994)

O Emperor é um verdadeiro ícone do Black Metal! Sempre lançaram seus álbuns com máxima qualidade de produção e também de composição, tanto que o álbum “Anthems To The Welkin At Dust”, de 1997, mostrou para o mundo um novo direcionamento para o estilo , colocando mais sentimento e requinte nas  musicas, mas sem limar a  agressividade.

Mas antes disso, o Emperor lançou, em 1994,  “In the Nightside Eclipse”, seu grande clássico e um dos produtos mais bem acabados da era Inner Circle do black metal norueguês.

Os teclados ganharam espaço nos climas, inserindo naquela cena purista um detalhe que faria toda a diferença para a evolução do gênero em direção a sua vertente sinfônica, conseguindo tornar algo abjeto e radical em algo que inspirava temor e reverência, impresso em ” Into the Infinity of Thoughts”, “Cosmic Keys to My Creations & Times”, ” I Am the Black Wizards”, e “Inno a Satana”.

Por fim, é fato que o Emperor é uma das bandas mais violentas da cena norueguesa em seus primeiros dias. O guitarrista Samoth foi preso por incendiar igrejas ao lado de Varg Vikernes, enquanto o baterista Faust, além da queima de igrejas, foi condenado por esfaquear um homossexual em 1992.

Abaixo você encontra uma oferta do livro “Lords of Chaos”, de Michael Moynihan. Este é um título obrigatório se você quer entender a ascenção do black metal nos anos 1990.

10. ENSLAVED: “Frost” (1994)

O Enslaved esteve na cena norueguesa do black metal desde sua gênese, sendo peça importante de seu fortalecimento, principalmente por ser musicalmente diferente desde o início.

“Frost”, seu segundo disco, segue os ensinamentos do viking metal do Bathory, buscando nas paisagens geladas da Escandinávia inspiração para sua forma musical ríspida, fria e cheia de climas, emoldurando temas mitológicos sombrios, em pedradas como “Fenris”“Svarte vidder” e “Isöders dronning”.

Uma obra épica, inspirada na gênese dos deuses nórdicos, que ainda se fia aos aspectos mais rígidos do black metal, como a bateria ultra-veloz, ao mesmo tempo que antecipava a capacidade criativa que a banda demonstraria no futuro, quando exploraria nuances progressivas, já levemente esboçadas neste segundo álbum.

Ao contrário de seus conterrâneos congêneres, o Enslaved não estava ligado ao Deathlike Silence, selo de Euronymous, mas sim à francesa Osmose, e sem dúvidas, “Frost” trouxe uma das reinvenções mais importantes da segunda geração do black metal, tão tradicionalista e ensimesmada.

11. DISSECTION: “Storm of the Light’s Bane” (1995)

Como vimos nesse texto, um dos últimos exemplos de fidelidade ao satanismo no mundo musical veio de Jon Nödtveidt, da banda sueca Dissection, que era membro da Misanthropic Luciferian Order, ordem ocultista fundada em 1995, na Suécia, com conceitos complexos próximos ao luceferianismo, entremeados de neo-gnosticismo e niilismo, resultando numa visão tríptica de Satã.

E o Dissection é uma das bandas mais influentes da cena black metal! Seu primeiro disco, “The Somberlain” (1993), mostrou que o black metal poderia ser misturado a melodias, climas, e passagens atmosféricas, ao mesmo que tangenciava o death metal.

Acredito que o Dissection seja a grande banda a transformar o black metal em uma forma musical capaz de inspirar temor e reverência, envolta em suas próprias leis e jargões, sofisticada, mas ainda destruidora e subversiva.

Uma fórmula amadurecida em “Storm of the Light’s Bane” (1995), o grande clássico da banda, onde a melancolia esfumaça as naturezas melódicas e agressivas, principalmente no trabalho das guitarras, mas não esconde totalmente a essência do black metalem clássicos como “Night’s Blood”, “Where Dead Angels Lie”, “Soulreaper”.

A banda entregaria apenas mais um álbum, com direcionamento musical mais voltado ao death metal que ao black metal, mas mantendo sua proposta melódica, pois seu mentor, Jon Nödtveidt, se suicidaria em agosto de 2006 dentro de um círculo de velas.

12. BURZUM: “Filosofem” (1996)

Varg Vikernes é a persona mais volátil ideologicamente do black metal e uma das mais polêmicas também!

Mas ninguém nega sua importância para a evolução do gênero, seja na “tosqueira” de “Burzum” (1992), primeiro álbum a efetivamente separar o black metal do death metal, ou em “Hvis Lyset Tar Oss” (1994), onde ele inseriu elementos climáticos e atmosféricos que seriam primordiais para a modernização de uma das facetas do black metal no futuro.

Todavia, foi com “Filosofem” (1996) que Varg deu sua obra-prima ao black metal! Um disco que trazia o poder infernal da melancolia para as ásperas e cruas guitarras do gênero, dando a benção de Saturno ao metal satânico.

A abertura com “Dunkelheit” e o clássico “Jesus’ Tod”já nos mostra como os elementos da segunda geração do black metal (com vocais ásperos, movimentos ríspidos, clima gélido e noturno) casavam bem com passagens e elementos atmosféricos e até mesmo alguns “vocais limpos” (ainda que ininteligíveis).

A produção ainda propositalmente diletante dá o tom desarmônico infernal e garante a fidelidade do Burzum ao black metal mesmo que depois Varg tenha sido um rebelde de sua própria rebelião, dedicando-se à música ambiente nos próximos dois discos, algo antecipado na segunda metade (experimental) de “Filosofem”, principalmente na longa “Rundgang um die transzendentale Säule der Singularität”.

Ele negariaseu passado com o black metal, classificando sua música como genérica; heavy metal ruim. Segundo seu ponto de vista, o rock n’ roll é uma herança da cultura negra, afro-americana, e distante da raça branca, e com capacidade de alienar essa raça branca.

13. ROTTING CHRIST: “Triarchy of the Lost Lovers” (1996)

Na primeira metade dos anos 1990, quando o black metal tomava forma e criava seus principais cânones, o Rotting Christ distingui-a se de seus congêneres pelas melodias sombrias, e por já se e mostrar mais profissional mesmo dentro dos parâmetros estéticos rotos do gênero.

Tudo isso foi amplificado em “Triarchy of the Lost Lovers”, disco lançado em 1996, que gerou impacto na cena do black metal por contornar os exageros escatológicos dos noruegueses, dando uma produção (à cargo de Andy Classen) mais limpa às suas melodias obscuras, deixando emergir um clima diabólico mais atemorizante do que anárquico, mas sem deixar de ser agressivo (como em “The First Field of the Battle”).

Em “Triarchy of the Lost Lovers” o viés cáustico ganhou um toque mais refinado ao ser aclimatado por tonalidades góticas, enquanto dinamizava a inserção de blast-beats, criando uma atmosfera dotada de personalidade e força, que nos permite criar imagens mentais enquanto ouvimos estes nove hinos do black metal helênico.

14. DARK FUNERAL: “The Secrets of the Black Arts” (1996)

O Dark Funeral foi um dos nomes mais sólidos do black metal noventista. Impulsionado pela repercussão do EP auto-intitulado de 1994, a banda lançou “The Secrets Of The Black Arts” em 1996 .

No encarte, os membros são apresentado como: Equimanthorn, Comandante da Legiões de Demônios Infernais; Blackmoon, O Senhor das Sombras e Mestre das Artes Negras; Ahriman, O Senhor da Destruição, Mal, Sombras e Morte; e Themgoroth, O Mestre da Possessão Diabólica e Magia Negra. Mais black metal impossível!

A banda ainda não havia polido sua sonoridade em “The Secrets of the Black Arts”, e este disco se torna o supra-sumo do esteriótipo black metal, misturando a essência das duas principais gerações do gênero, elevando a brutalidade musical e lírica ao máximo, e abusando do direito de exagerar. Uma audição na faixa-título fara sua mente explodir impiedosamente!

O próximo disco, “Vobiscum Satanas” (1998), faria a banda despontar no final dos anos 1990 dentro do death/black metal, iniciando uma disputa pelo título de banda mais brutal do heavy metal  com o Marduk.

15. GORGOROTH: “Under the Sign of Hell” (1997)

O Gorgoroth sempre foi uma banda tão brutal em sua música quanto polêmica nas outras esferas.

Até por isso, eles preencheram, durante certo tempo, uma lacuna que havia se aberto no black metal escandinavo de ser o veneno da música, plantando sementes maléficas no conceito enquanto praticava uma promiscuidade melódica em sua estética anti-musical, por mais contraditório que isso possa parecer.

“Under the Sign of Hell”, disco de 1997, é o retrato fiel disso. Sem amenidades, modernidades ou melodias, cada música é um uivo gélido que abala a beleza da arte musical, por letras satânicas, clima blasfemo e crú, e instrumental intenso e brutal.

Neste terceiro disco do Gorgoroth encontramos verdadeiras pérolas do puro e primitivo ódio que regava o black metal norueguês como “Profetens Åpenbaring”, “The Rite of Infernal Invocation”, e “Ødeleggelse og Undergang”, trabalhados em estúdio pela produção característica e rústica de sempre.

16. DIMMU BORGIR: “Enthrone Darkness Triumphant” (1997)

Dimmu Borgir seria o nome dado a uma formação rochosa vulcânica situada na Islândia, que significa Castelo Negro, e onde acredita-se ser um porta para o inferno. Ou seja, um belo nome para uma banda de black metal. 

E a banda que emprestou esse nome mudou o jogo do gênero de modo considerável, usando em suas musicas peso, velocidade e melodia, praticamente inaugurando, à partir de 1993, quando foi fundada na Noruega, o que chamaríamos de black metal sinfônico. 

“Enthrone Darkness Triumphant”  é seu quarto álbum de estúdio que enfim lapidou sua fórmula musical e marcou o início de sua luta pelo trono do gênero ao lado do Immortal.

Talvez apenas “Puritanical Euphoric Misanthropia” (2001) possas rivalizar com “Enthrone Darkness Triumphant” pelo posto de melhor disco da carreira da banda, porém a escolha do disco de 1997 se dá não pelo simbolismo de uma época, mas também por músicas como “Spellbound (By the Devil)”, “In Death’s Embrace” e “Prudence’s Fall”, que dão uma dimensão ainda mais grandiosa e reverente ao black metal.

17. IMMORTAL: “At the Heart of Winter” (1998)

O Immortal atingiu o topo do black metal  no fim da década de 1990.

E o começo da tomada do trono se deu neste “At the Heart of Winter”, disco onde uniu os aspectos crú, visceral, e direto dos ritmos da forma norueguesa que era herdeira, amplificando os riffs gélidos e ríspidos por uma estética invernal e agressiva, mas sem se esquecer de inserir o senso melódico e épico para dar fôlego à sua dinâmica caustica.

Com esta fórmula musical, se concentraram em expandir o conceito de seu reino gélido, batizado de Blashyrkh, e que tirava deles a carga satânica que envolvia a cena norueguesa da qual era oriunda. E nesse ponto, posso dizer que “At the Heart of Winter” traz as melhores letras da banda, além de apagar de vez os resquícios de death metal presentes no disco anterior.

Ouça “Where Dark and Light Don’t Differ” e veja que não dá pra ignorar um disco que leva o black metal a esse nível de pureza, mesmo sendo diferente.

18. MARDUK: “Panzer Division Marduk” (1999)

Sem duvida uma das bandas mais blasfemas de toda a historia do Heavy Metal. Isto porque em 1990 eles lançaram a demo tape “Fuck Me Jesus”, chocando e entusiasmando underground, tanto que foi re-lançada como mini CD em 1995 , e por causa da sua capa (que mostra uma mulher nua se masturbando com uma cruz) o mini álbum foi banido em sete países .

O som do Marduk, por vezes esbarra no death metal. É paulada do começo ao fim, sem descanso , com direito a corpse paint, desenhos apocalípticos, rapidez e agressividade superlativas, e letras anti-cristãs.

Uma fórmula que atingiu seu ápice em “Panzer Division Marduk”, um disco que capturava o sentimento apocalíptico do fim do milênio que se anunciava, além de ser um culto à destruição de clima belicoso e violento que passa como um ataque avassalador em pouco mais de trinta minutos de música.

Este disco fez do Marduk uma banda que causava temor, sendo a mais rápida e, quiçá, blasfema, do black metal no fim da década de 1990.

Concordo que em termos musicais, “Nightwing” (1998), “Opus Nocturne” (1994), “Those of the Unlight” (1993) e até “Heaven Shall Burn… When We Are Gathered” (1996), álbuns anteriores, podem ser mais relevantes para a carreira da banda. Todavia, nenhum deles teve o impacto que “Panzer Division Marduk”, pelo diálogo com a época em que foi lançado.

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1 comentário em “Estes são os 18 Discos Obrigatórios numa coleção de Black Metal”

  1. Fernando ''Metal Mania'' Martins

    Eu Gosto SIM de Black Metal – somente o instrumental (guitarra, baixo, bateria, e em algumas musicas, o teclado – a partir do final dos anos 80 e inicio dos anos 90), já as letras, eu passo longe, e ao meu ver, INRI da banda Sarcófago foi o álbum que definiu o Black Metal brasileiro e mundial.

    Basta ver muitas bandas ao redor do mundo, principalmente nos países nórdicos que citam esse grande clássico com a sua maior inspiração e influencia (as bandas japonesas de Black Metal também não ficam atrás – assino embaixo). VIDA LONGA AO SARCÒFAGO !!!

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